O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry

14/02/2014 16:23

Boa tarde, gente.

Hoje a critica de livros vai direto para o meu predileto, Le Petit Prince. O livro trata de... Bom, o livro é sobre... Vamos lá: O livro É uma metáfora constante sobre a vida.

Uma pessoa com o mínimo de sensibilidade vai ficar comovida com as reflexões internas que a trama provoca em nós. Sobretudo, o autor fala de amizade. O quão mágica é, ou deveria ser, a amizade. Afinal, como já disse uma sábia raposa encontrada na obra...

''Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas''.

Essa é uma frase que eu vejo ser comumente usada em status de redes sociais e afins, mas as pessoas raramente sabem do que ela trata ou de onde ela veio. Talvez, resumindo o livro, eu possa comentar melhor sobre ela:

Um jovem garoto foi desestimulado de se comportar como uma criança, sobretudo desenhar, pelas ''pessoas grandes'' (palavras do autor). Já adulto, ele faz um pouso forçado com seu avião no meio de um deserto, onde encontra um jovem vindo de outro planeta, que lhe fez um pedido o qual ele não tinha certeza se poderia atender:

- Por favor, desenha-me um carneiro?

Nesse ponto a história se torna um choque entre a infancia e a maturidade, e todas as escolhas difíceis e perdas que enfrentamos, nos tornando ríspidos e sem a visão mágica do mundo. A partir desse ponto, o pequeno príncipe passa a descrever sua tragetória por entre mundos onde as pessoas eram frustrantemente apegadas a futilidades de adultos (guerra, posses, riqueza...). Faz a gente ter vergonha de querer ficar cada vez mais adulto, e nem se dar conta de toda a infancia que perdemos pra isso.

As pessoas menos sensíveis não deveriam ler este livro (mesmo, eu recomendo que NÃO leia se você não for conseguir captar a profundidade dele), porque com certeza dirão que o livro é maçante e estranho. Um diálogo em particular, onde a raposa explica ao príncipe o que significa ser amigo, ser cativado por alguém, fez alguns amigos meus acharem o livro obscessivo e exagerado sobre os conceitos. Mais uma vez eu reforço, falta de sensibilidade, apenas (foi mal, gente). O trecho dizia algo como ''quando você sabe que uma pessoa que você ama chegará às quatro, às três você já estará pensando em como isso te fará feliz''. Não é verdade? Ninguém nunca sentiu-se feliz assim por ter alguém de quem realmente goste? Se não, lamento muito. Eu reconheço como esses detalhes das nossas vidas são importates. As vezes você grava na memória que em frente a uma loja qualquer aconteceu algo que te deixou muito feliz, então toda vez que passar em frente a essa loja, seu coração vai palpitar por essa lembrança.

É disso que o livro fala. A metáfora sobre a vida e o valor da vida é constante. Interminável.

Eu o li duas vezes: Aos seis e aos dezessete anos. Posso afirmar que uma criança que o lê fica maravilhada pela magia que apresenta, e um adulto que o lê, se ainda houver, lá no fundo dele, uma criança procurando um caminho para fora... bem, vejam por si mesmos.

Espero que leiam, abraços.

D'Lima

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